Em 2021, o mercado automotivo ficou marcado por uma série de acontecimentos. E duas situações que merecem destaque são: o aumento contínuo no preço dos combustíveis e o aumento no preço dos carros 0km.
Segundo um estudo da Kelley Blue Book (KBB), empresa especializada em pesquisa de preços de veículos novos e usados, no ano passado houve um reajuste de 25,4% nos preços dos modelos mais vendidos no país.
E isso, considerando uma média, pois essa porcentagem chegou a ter um pico de 35% em dezembro do ano passado.
Ou seja, em termos simples e claros, os carros 0km subiram de preço no Brasil. Eles ficaram mais caros e mais difíceis de serem adquiridos por uma grande parte da população, que, inclusive, passou a optar por veículos usados e seminovos (que também subiram de preço, vale ressaltar).
Agora, porque houve esse aumento? Qual ou quais foram os motivos? Além disso, quais modelos foram os mais afetados? Para essas e outras informações, acompanhe a leitura a seguir!
Por que os carros 0km subiram de preço em 2021?
Basicamente, por conta de cinco motivos:
- Inflação;
- Falta de semicondutores;
- Aumento no preço do frete;
- Câmbio;
- Recursos e tecnologias.
Vamos às explicações sobre cada um deles.
Inflação
A inflação é um assunto que está em pauta já há algum tempo, afinal, ela afeta não só o preço dos carros, como também todas as outras áreas de nossa vida. Um grande exemplo disso, é o preço dos produtos no supermercado.
Não está cada vez mais caro comprar alimentos e produtos para a casa? Pois então, trata-se da inflação, que se refere ao aumento contínuo e generalizado dos preços em uma economia.
Falta de semicondutores
Por conta da pandemia, as empresas que fabricavam chips semicondutores (itens extremamente importantes para a produção de veículos), além de terem o trabalho afetado por conta do lockdown e medidas restritivas, passaram a dar preferência a áreas ligadas à saúde, fazendo com que as montadoras ficassem no final da fila.
Como consequência, houve uma grande queda e até mesmo paralisações na produção de veículos.
E baseado na lei da oferta e da procura, os preços dos carros subiram, afinal, os carros 0km estavam em falta nas concessionárias.
Aumento no preço do frete
Além da inflação e da escassez de semicondutores, outro motivo que levou os carros 0km a ficarem mais caros no ano passado, foi o aumento no valor do frete aéreo e marítimo.
Isso porque, esse aumento, de uma forma ou de outra acaba sendo repassado para os clientes que gostariam de comprar um carro novo, encarecendo, assim, o seu preço final.
Câmbio
Devido a nossa moeda, o real, estar bastante desvalorizado em relação ao dólar (principal moeda no mercado), os preços dos automóveis também subiram.
Isso porque, mesmo para os veículos que são fabricados aqui, existem diversos componentes que são importados, elevando assim o preço da transação.
Recursos e tecnologias
Atualmente, os veículos que são vendidos pelas montadoras estão cada vez mais modernos e tecnológicos, com diversos recursos e opções. E isso também é algo que influencia o seu preço.
Não dá para comparar, por exemplo, um veículo que é vendido hoje em dia, com um modelo que era fabricado nos anos 2000. Durante esses anos, houve muitas mudanças, transformações e evoluções.
Portanto, é importante ter em mente que hoje os carros 0km estão em outro patamar e que, por isso, o preço a ser pago por eles é mais elevado. E mesmo se a pandemia não tivesse acontecido, os preços dos veículos continuariam a subir por conta deste fator.
E agora que você já está por dentro dos principais motivos que levaram os carros 0km a subirem de preço ano passado, confira abaixo quais foram os modelos mais afetados por isso!
Os carros 0km que mais subiram de preço em 2021
1. Hyundai Creta
No topo da lista de carros 0km que mais subiram de preço em 2021, está o Hyundai Creta.
Em janeiro do ano passado, ele custava R$90.497,00. Já em dezembro, passou a ser vendido por R$122.151,00 — um aumento de mais de R$31 mil e que representa uma variação de 35% no preço.
2. Fiat Strada
No segmento de picapes, a Fiat Strada foi quem “puxou” a lista referente ao aumento de preço.
Em janeiro de 2021, ela custava R$76.986,00. Depois, em dezembro, estava a R$103.114,00 — um reajuste de mais de R$26 mil e que representa uma variação de 33,9% no preço.
3. Fiat Mobi
Em terceiro lugar da lista, está outro Fiat, agora o modelo mais compacto da marca, o Mobi.
Em janeiro do ano passado, ele custava R$43.633,00. Já em dezembro, passou a ser vendido por R$56.883,00 – um aumento de mais de R$13 mil e que representa uma variação de 30,4% no preço.
4. Fiat Argo
Outro carro da Fiat que também subiu de preço de forma considerável, foi o Argo.
Em janeiro de 2021, ele custava R$64.390,00. Depois, em dezembro, estava a R$83.721,00 — um reajuste de mais de R$19 mil e que representa uma variação de 30% no preço.
5. Hyundai HB20
Partindo para outra marca agora, temos o Hyundai HB20.
Em janeiro do ano passado, ele custava R$67.032,00. Já em dezembro, passou a ser vendido por R$83.923,00 – um aumento de mais de R$16 mil e que representa uma variação de 25,2% no preço.
6. Volkswagen Gol
Em sexto lugar da lista, está um dos carros mais populares do Brasil, o Volkswagen Gol.
Em janeiro de 2021, ele custava R$59.716,00. Depois, em dezembro, estava a R$74.263,00 — um reajuste de mais de R$14 mil e que representa uma variação de 24,4% no preço
7. Chevrolet Onix
Falando em carros populares, outro modelo que aparece na lista dos que mais subiram de preço é o Chevrolet Onix.
Em janeiro do ano passado, ele custava R$68.872,00. Já em dezembro, passou a ser vendido por R$83.716,00 – um aumento de mais de R$14 mil e que representa uma variação de 21,6% no preço.
8. Jeep Renegade
Por fim, outro veículo que também teve um aumento de preço considerável foi o Jeep Renegade.
Em janeiro de 2021, ele custava R$117.006,00. Depois, em dezembro, estava a R$141.750,00 — um reajuste de mais de R$24 mil e que representa uma variação de 21,1% no preço.