O rodízio de pneus ainda é considerado por muitos como um assunto polêmico. Isso acontece porque a sua resolução acaba sendo complicada, visto que não existe um padrão a ser seguido com relação à prática.
Essa situação acaba se tornando muito complexa, devido ao fato de que cada fabricante de pneu e cada marca de veículos tem um pensamento diferente a respeito disso, o que, é claro, gera dúvidas nos motoristas a respeito de qual postura adotar.
Diante disso, diversos questionamentos acabam surgindo na mente dos donos de veículos a respeito do momento certo de fazer esse procedimento, bem como sobre quando é necessário e como ele deve ser executado.
Assim, ao longo deste artigo, serão explicados maiores detalhes a respeito dessas questões.
É necessário realizar o rodízio de pneus?
Uma das dúvidas mais frequentes a respeito do tema é a necessidade de que o processo seja realizado. Assim, são feitos muitos questionamentos e quase sempre eles geram comentários discordantes.
Primeiro, para entender a necessidade, é preciso explicar detalhadamente no que consiste o procedimento. Em linhas gerais, o rodízio de pneus é a troca da posição dos pneus, que deve ocorrer em um período estabelecido. Nesse caso, os pneus da dianteira são trocados com os da parte traseira.
Isso é feito porque, com o uso, os pneus acabam se desgastando devido ao atrito. Esse desgaste faz com que eles acabem perdendo a aderência ao solo, causando certa instabilidade no veículo.
Levando esses pontos em consideração, vários especialistas e montadoras afirmam que o procedimento de rodízio faz com que a vida útil do pneu aumente de forma considerável e, por isso, defendem que tal processo seja feito.
Mas, por outro lado, algumas pessoas defendem que isso não é verdade e que não faz a menor diferença realizar a troca para que haja uma maior conservação do pneu. A grande verdade é que existem pontos positivos e negativos no processo.
Como a troca dos pneus não é algo estabelecido pela lei, realizá-la ou não vai de acordo com a decisão de cada motorista, que deve levar em consideração as suas preferências.
Como deve ser feito?
Como tudo em relação ao rodízio de pneus acaba gerando conflito, a forma de realizar o procedimento também passa por esse tipo de situação. Dessa forma, é possível destacar de antemão que o único consenso encontrado é relacionado aos pneus unidirecionais.
Entretanto, eles são modelos antigos, cada vez mais raros no mercado. Nesse caso, o rodízio deve ser realizado de forma paralela. Sendo assim, será trocado o eixo e o dianteiro será substituído pelo traseiro. Entretanto, o lado nunca será trocado.
Para os pneus assimétricos, não levando em consideração se são comuns, verdes, de uso misto ou run flat, algumas pessoas afirmam que é preciso que a troca seja realizada de forma paralela. Outros, entretanto, indicam que ela deve ser feita em forma de X.
Por fim, algumas pessoas adotam a medida mista, trocando de lado apenas os pneus do eixo sem tração. Todas essas medidas dependem, basicamente, da preferência de quem está realizando o processo, visto que não existe um acordo claro sobre o rodízio.
A forma de realizar o procedimento em veículos 4×4 também é algo que gera comentários discordantes. A maioria recomenda que se siga a orientação em X. Mas, em caso de dúvida, é sempre importante destacar que o manual da montadora pode ser muito importante para a decisão final.
Qual prazo devo levar em consideração?
Como o rodízio de pneus é um processo cheio de incertezas e de questões pessoais, assim como de diferenças entre as medidas tomadas por cada montadora e fabricante, é preciso sempre se orientar pelo que os manuais de cada produto informam.
A orientação da empresa deve ser seguida para garantir maior segurança. Algumas sugerem que a mudança seja feita após atingir a marca de 7 mil quilômetros, enquanto outras apontam que é necessário pelo menos 8 mil para que o processo seja feito.
Existem algumas fabricantes que vão além e destacam que até 10 mil quilômetros rodados os pneus podem permanecer na mesma posição, sendo trocados de posição ao atingirem essa marca.
Vale ressaltar que, caso o carro esteja utilizando dois pneus novos, não é o ideal que eles sejam contados nessa situação descrita. O rodízio, quando indicado, precisa ser feito de forma geral, com todos os pneus do carro no mesmo estado e tempo de uso.
Entretanto, se o cliente, ainda assim, optar por essa ideia, é interessante que ele adote algumas medidas. Os pneus novos devem ir para o eixo traseiro, levando em consideração a maioria dos carros que são vendidos atualmente e contam com tração dianteira.
Por que esta prática é importante?
Considerando todos os pontos levantados até aqui, assim como as discordâncias e relevâncias a respeito do processo, fica mais fácil entender os motivos pelos quais algumas pessoas adotam o rodízio de pneus e reforçam a importância de realizá-lo.
O desgaste pode acontecer de uma forma diferente e, sendo assim, em longo prazo, isso pode acabar causando problemas maiores.
Se o desgaste notado for pequeno, talvez não seja o caso de levar o procedimento em consideração.
Mas, com o aumento, é importante considerar essa opção, já que o carro pode sofrer um desequilíbrio e ter a sua condução afetada – o que, claramente, pode levar a riscos maiores, como acidentes ou paradas na estrada, necessitando assim de auxílios de guinchos e outros serviços de reparo.
Além do mais, caso o pneu acabe desgastando muito, é preciso que seja feita a troca antes do que é previsto normalmente. Dessa forma, a técnica pode também ser uma forma de driblar essa questão, fazendo com que ocorra um pouco mais de atraso na substituição definitiva.
Como os pneus dos carros são um gasto muito grande para os motoristas, o rodízio de pneus, além de garantir uma segurança maior devido ao equilíbrio proporcionado para a condução do veículo, também proporciona uma economia para os motoristas.
Outro ponto importante desta prática é que ela garante uma manutenção mais adequada, fazendo com que haja um rodar mais suave e equilibrado.