Mulheres caminhoneiras e os desafios da profissão

Mulher sorrindo em frente a um caminhão

Trabalhar como caminhoneiro no Brasil já não é uma atividade muito fácil. Afinal, existem diversos problemas e obstáculos que tornam essa profissão complicada em nosso país. Agora, imagine quando o assunto é “mulheres caminhoneiras”.

Nessa circunstância, as adversidades são ainda maiores. Isso porque, além dos problemas já existentes na carreira, há questões como machismo, discriminação e falta de respeito.

Sendo assim, para gerar uma reflexão sobre o assunto e apresentar algumas maneiras de melhorar essa situação, nós produzimos este post. 

Ao longo dele, você entenderá, com mais detalhes, os principais desafios que mulheres caminhoneiras enfrentam no dia a dia de trabalho e o que é possível fazer para superá-los. Confira!

Mulheres caminhoneiras: os principais desafios da profissão

Naturalmente, as mulheres no trânsito costumam passar por diversas situações desagradáveis que nenhuma pessoa deveria passar. É o caso de ofensas constantes, xingamentos, provocações, piadas, agressões etc.

Por isso, é preciso dar um basta nessas situações para que o trânsito se torne um lugar melhor, mais seguro e agradável para todos.

Nesse sentido, nós separamos a seguir os principais desafios relacionados a mulheres caminhoneiras. Assim, a partir deles, nós podemos trabalhar em ações e mudanças para que eles sejam cada vez menos frequentes. Veja! 

Machismo e preconceito

Apesar de alguns avanços e conquistas nos últimos anos, infelizmente ainda existe bastante machismo e preconceito com mulheres caminhoneiras — especialmente porque essa profissão é composta, em grande parte, por homens.

O machismo, os estereótipos e o preconceito de gênero ainda têm uma carga pesada sobre os ombros das mulheres que trabalham dirigindo um caminhão. Inclusive, de diversos colegas de profissão.

Para muitos, as mulheres não sabem dirigir, não sabem estacionar e são um risco para o trânsito — o que não é verdade. 

Até porque, em diversas pesquisas, verificou-se que os homens são muito mais imprudentes e causadores de acidentes do que as mulheres. O público feminino, em geral, costuma ser mais cauteloso e cuidadoso no trânsito.

Ademais, vale ressaltar que muitas empresas ainda possuem uma certa resistência para contratar caminhoneiras. E isso, consequentemente, acaba dificultando o trabalho dessas mulheres e até mesmo o seu crescimento na carreira.

Essa desconfiança e essa falta de apoio e acolhimento (até mesmo dentro de casa), também são desafios para mulheres que trabalham ou pretendem trabalhar como caminhoneiras.

Assédio

Além do machismo e preconceito, outro problema que grande parte das mulheres caminhoneiras sofrem é o assédio.

Trata-se de uma situação deplorável. E pior, que pode ser ainda mais grave em determinados contextos de trabalho.

Isso porque a profissão de caminhoneiro é, muitas vezes, solitária. Ademais, trabalha-se em horários alternativos, por exemplo, à noite e de madrugada.

Assim, para mulheres que trabalham diante dessas circunstâncias, acaba sendo um grande risco. Afinal, muitas são vistas como um “alvo”.

Remuneração

Homem pagando o salário de uma mulher

Outro obstáculo ligado à profissão de mulheres caminhoneiras está associado à remuneração. Isso porque muitas recebem menos pelo serviço que prestam em comparação com homens.

Sendo assim, a equidade salarial também é um assunto que deve ser falado e combatido na categoria.

Situações como essa acabam desanimando e frustrando muitas mulheres que atuam ou desejam atuar nessa profissão.

Saúde mental

Por conta de todas essas e outras situações apresentadas, é comum que muitas mulheres caminhoneiras sofram desgastes, não apenas físicos como também emocionais.

Consequentemente, a saúde mental de muitas mulheres que atuam nesse ramo acaba sendo afetada. Afinal, é preciso lidar com medos, incertezas, entre outras questões desafiadoras.

Riscos e perigos

Até aqui, você conferiu diversos desafios que são comuns quando o assunto é “mulher caminhoneira”.

Agora, além deles, é válido destacar um obstáculo que pode afetar a todos que trabalham nessa profissão. Trata-se dos riscos e perigos.

Isso porque o trânsito é um ambiente perigoso e arriscado. Todos os dias são noticiadas diversas situações envolvendo carros, motos e caminhões. Há desde colisões e batidas leves até capotamentos e graves acidentes.

Portanto, seja caminhoneiro, seja caminhoneira, é de suma importância ter sempre cuidado ao dirigir e, claro, respeitar as leis de trânsito. Elas existem para tornar o trânsito um lugar menos caótico e problemático e mais seguro.

Por que muitas mulheres estão se tornando caminhoneiras?

Existem diversos motivos que explicam o interesse de mulheres por essa carreira. Os principais são:

  • autonomia;
  • independência;
  • liberdade;
  • paixão;
  • protagonismo.

Como superar os desafios da profissão?

Mulher dentro de um caminhão sorrindo para a câmera

Como você viu ao longo do artigo, existem diversos desafios ligados à profissão de mulher caminhoneira. Sendo assim, o que fazer para superá-los?

A primeira medida é trabalhar em ações e campanhas de conscientização, inclusão e respeito a esse público. Todos os envolvidos, profissionais, empresas etc. devem dar mais apoio às mulheres que trabalham dirigindo pelas estradas.

É fundamental que toda a sociedade entenda que as mulheres, em qualquer profissão que atuem, merecem e devem ser respeitadas em seu cotidiano de trabalho.

Ademais, é importante que as mulheres façam denúncias e não deixem que outras pessoas as maltratem e as desrespeitem. É essencial se posicionar e não deixar que criminosos passem impunes.

Por fim, é válido ressaltar que com coragem, capacitação, determinação, educação e motivação as mulheres podem chegar a qualquer lugar que desejam!

Curiosidade: a primeira mulher caminhoneira do Brasil

Para encerrar o artigo, separamos uma curiosidade. Você sabe quem foi a primeira mulher caminhoneira do Brasil? Tem alguma ideia?

Trata-se de Neiva Chaves Zelaya — chamada carinhosamente como Tia Neiva. Ela nasceu em Sergipe, em 1925, e começou a trabalhar como caminhoneira aos 22 anos, em 1947.

Portanto, como você pode ver, embora ainda tenha adversidades, a carreira de caminhoneira já existe no país há mais de 75 anos, sendo que a Tia Neiva foi a pioneira.

Por fim, queremos deixar uma mensagem: que todos esses problemas e desafios apresentados sejam cada vez menores a cada quilômetro rodado por cada mulher caminhoneira ao redor do Brasil e do mundo!

Afinal, as mulheres estão aí para mostrar que o lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive atrás de um volante de caminhão. A cada dia que passa, as mulheres vêm ocupando ainda mais espaços e isso não deve ser desestimulado.

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