GNV: vantagens e desvantagens do carro a gás

Porta mala de um carro com os cilindros de GNV

Devido aos constantes aumentos nos preços da gasolina, etanol e diesel, muitos motoristas têm buscado alternativas para gastar menos na hora de fazer os seus veículos rodarem. Uma delas, consiste no uso do GNV (Gás Natural Veicular).

Agora, será que ele realmente vale a pena? Ou será que não? Se você está pensando em utilizar essa opção em seu automóvel, antes é interessante conhecer as suas principais características.

Afinal, assim você poderá entendê-las de modo a avaliar se essa alternativa de fato faz sentido para o seu caso.

Sendo assim, pensando neste assunto, nós separamos ao longo deste post as principais vantagens e desvantagens do uso do Gás Natural Veicular (GNV). Confira!

O que é o GNV e como ele funciona?

O GNV consiste em um tipo de combustível não líquido que pode ser utilizado para mover grande parte dos carros presentes no mercado. Para isso, é necessário fazer uma intervenção de modo a adaptar os veículos. 

O que ocorre é uma instalação de um kit, composto por um cilindro de armazenamento, que fica localizado no porta-malas do automóvel. Este, por sua vez, é o responsável por suportar a pressão exercida pelo Gás Natural Veicular.

Quais as principais vantagens e desvantagens do uso de GNV?

Agora que você já sabe o que é o Gás Natural Veicular e como ele funciona, conheça a seguir as suas principais vantagens e desvantagens!

Economia

Ao falar sobre o GNV, inegavelmente o aspecto “economia” merece ser ressaltado. Isso porque o abastecimento com esse gás é mais barato que a gasolina e o etanol.

O Gás Natural Veicular pode chegar a ser 60% mais econômico que esses dois combustíveis — o que significa menos idas ao posto, e claro, menos gastos para o seu bolso.

Menos poluição

Carro soltando fumaça

Outra vantagem do GNV em comparação com combustíveis já conhecidos no mercado é que ele é menos poluente. 

De acordo com estudos, o Gás Natural Veicular tem uma emissão de gases poluentes 15% menor que o etanol e 20% menor do que a gasolina.

Ou seja, trata-se de uma alternativa mais sustentável — tema cada vez mais presente no universo automotivo.

Maior durabilidade de algumas peças e componentes 

Mais uma vantagem do Gás Natural Veicular é que algumas peças e componentes do veículo podem ter maior durabilidade graças a ele.

Isso porque o GNV não permite o acúmulo de resíduos nos bicos injetores. Assim, acaba aumentando a vida útil desses itens. Ademais, o óleo lubrificante do motor dura mais tempo pelo mesmo motivo. 

Por último, é válido ressaltar ainda que o escapamento do veículo pode ganhar até 20% mais vida útil devido ao fato de não haver acúmulo de água — o que acontece quando se abastece com etanol ou gasolina.

Preço do IPVA

Por fim, uma última vantagem do GNV é que, em alguns Estados brasileiros, quem tem o kit instalado no carro paga um valor menor de IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores). 

Isso ocorre por conta do Gás Natural Veicular ser menos prejudicial ao meio ambiente. Assim, por conta dessa característica, ele ajuda os Estados a cumprir suas cotas de redução de emissão de CO2 (dióxido de carbono).

Portanto, vale a pena se informar se há esse benefício no município onde você mora. Afinal, pode ser mais uma economia para o seu bolso.

Agora, como nem tudo é perfeito, existem alguns pontos que merecem a sua atenção antes de instalar o GNV em seu veículo. Veja!

Espaço no porta-malas

A primeira desvantagem de instalar um kit GNV em seu veículo é que o espaço do porta-malas será comprometido.

Afinal, o cilindro que é colocado ocupa um espaço significativo. Logo, é válido se atentar a essa questão, principalmente se o seu automóvel for pequeno e não tiver um porta-malas muito grande. 

Custos

Além da questão referente ao espaço no porta-malas, outro ponto que merece observação sobre o uso do GNV são os custos.

Isso porque a instalação desse equipamento custa, em média, R$ 6 mil. Pode ser um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da região onde você mora. 

E esse não é o único gasto que você terá com esse item, vale ressaltar. É preciso gastar também com inspeção, regularização e vistorias anuais.

Então, é essencial colocar todos esses gastos no papel e fazer contas para verificar se o Gás Natural Veicular de fato faz sentido para a sua realidade.

Por fim, ainda sobre esse tópico, vale destacar que a instalação do kit GNV precisa ser feita por profissionais qualificados e em uma oficina credenciada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Ademais, a instalação do equipamento precisa ser autorizada pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Dessa forma, você contará com um serviço seguro, de qualidade e que não lhe trará maiores problemas, riscos e transtornos.

Perda de potência

Dois carros andando no trânsito

Outro ponto negativo ligado ao GNV é que, ao instalá-lo em seu veículo, pode-se perder até 4% de potência

Isso costuma ocorrer porque, primeiro, o cilindro deixa o carro mais pesado, e segundo, porque o funcionamento da embreagem é afetado. Assim, o seu veículo acaba ficando levemente mais fraco.

Perda da garantia de fábrica

Por fim, uma última desvantagem do Gás Natural Veicular é que se o seu veículo for novo e estiver na garantia de fábrica, você acabará perdendo esse benefício caso faça a instalação de um kit GNV.

Tal situação acontece porque a instalação desse item implica em algumas alterações estruturais no veículo.

Como funciona para abastecer um veículo com GNV?

Conforme você acompanhou até aqui, o Gás Natural Veicular tem tanto prós quanto contras. Portanto, cabe a você avaliar cada ponto apresentado para decidir se ele realmente compensa ou não para o seu caso.

Se sim, é importante saber como funciona para abastecer com esse combustível. Isso porque o processo é um pouco diferente.

Ao se deslocar até um posto, você deve, primeiramente, desligar o motor e as luzes do veículo. 

Depois, é preciso sair do automóvel, abrir o porta-malas e permanecer fora do veículo enquanto o abastecimento é feito.

Por fim, vale destacar que o frentista só deverá fazer o abastecimento se o kit tiver o selo do Inmetro.

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