O seguro veicular é um item de suma importância para todo proprietário de carro, moto, caminhão ou ônibus no Brasil. Afinal, os índices de furto e roubo de automóveis em nosso país são elevados.
Contudo, não é porque você tem um seguro desse tipo que deve acioná-lo em qualquer problema, incidente ou acidente que se envolver. Existem algumas situações específicas que não é necessário entrar em contato com a seguradora.
Quer saber quais são elas? Então não deixe de conferir as informações a seguir. Tenha uma ótima leitura!
Em quais situações não é preciso acionar o seguro veicular?
Ao contratar um seguro veicular, evidentemente você deseja ter suporte, assistência, garantias e indenizações em caso de adversidades envolvendo o seu automóvel.
Afinal, trata-se de um bem que costuma ter um valor considerável e, que, inclusive, é o meio de sustento e trabalho de diversas pessoas.
No entanto, existem algumas situações específicas, 5 para sermos exatos, que não é preciso acionar a seguradora. Descubra a seguir quais são elas!
1. Acidente provocado por um terceiro
Quando você assina um contrato com uma seguradora, está garantindo um serviço para você, no caso, o segurado.
Isso significa que a empresa que você fechou negócio entrará em ação, caso você seja o causador de algum acidente ou outro tipo de problema.
Quando uma adversidade é provocada por um terceiro, é ele quem deve resolver a situação e arcar com possíveis gastos. Logo, diante dessa circunstância, você não deve acionar o seu seguro veicular.
Apenas para exemplificar: imagine que você esteja indo para o trabalho com seu carro e esteja passando por um cruzamento. De repente, um motorista ultrapassa o farol vermelho e acaba colidindo com seu veículo.
A culpa não foi sua, você não cometeu nenhuma infração. Portanto, quem deve ser responsabilizado pelo acidente é o motorista que não respeitou a sinalização.
Agora, se quem causou o acidente, se recusar a pagar pelos danos, você pode entrar em contato com a sua seguradora para verificar qual a melhor maneira de resolver o problema.
Ademais, para garantir uma maior segurança de que o seu prejuízo será pago, é interessante registrar um boletim de ocorrência na polícia.
2. Avarias ou danos pequenos
Por conta de uma eventual manobra indevida que você fizer, você pode acabar gerando pequenas avarias ou danos ao seu veículo.
Diante desse cenário, é natural que você pense “vou acionar o seguro”. Porém, se o problema foi pequeno, com um arranhão ou pequeno amassado, e custará menos do que você paga de franquia, é melhor não entrar em contato com a seguradora.
A franquia é um valor que você paga quando precisa reparar algum dano ao veículo. Porém, a questão é que, muitas vezes, essa quantia pode ser elevada e, assim, acabar não compensando.
Apenas para exemplificar: imagine que você pague R$ 1.500 de franquia e o conserto do sinistro que se envolveu custará R$320. Nesse caso, é melhor arcar com dinheiro do seu próprio bolso.
Ademais, vale ressaltar que diversas seguradoras trabalham com um tipo de bônus no seguro veicular, que funciona da seguinte maneira:
No ato da renovação do seguro, se o veículo não se envolveu em nenhum sinistro, a seguradora concederá um desconto, que pode ser de 5% ou até mais.
Portanto, para não perder esse bônus, não acione o seguro por qualquer coisa. Esse bônus que você receberá depois pode compensar muito mais.
3. Acidentes causados por você envolvendo terceiros, mas com reparos pequenos
Com base nos casos 1 e 2, citados anteriormente, outra situação em que você não deve acionar o seguro veicular é quando você causa um acidente envolvendo terceiros, mas o reparo é pequeno.
Seguindo a mesma linha de pensamento do que foi explicado acima, é mais indicado resolver a questão por fora, por conta própria.
4. Quilometragem acima da contratada
Toda apólice de seguro possui determinadas regras e condições que você deve sempre observar ao assinar o contrato. Uma delas diz respeito até qual quilometragem a companhia oferece cobertura.
Nesse sentido, suponha que o plano que você contratou oferece, para cobertura, uma distância limite de 60 km referente a assistência 24 horas e guincho.
Se você estiver viajando e sofrer um problema, por exemplo, a 85 km de distância da sua cidade, não adianta acionar a seguradora. Afinal, a cobertura limite é de até 60 km.
Logo, essa é mais uma situação em que você não deve acionar o seguro veicular.
5. Inexistência de cobertura
Por fim, a quinta e última situação em que você não deve acionar o seguro veicular refere-se a um contratempo que você não tem cobertura.
Conforme você acompanhou até aqui, não é todo sinistro que é coberto pela seguradora. Ademais, há casos que não estão previstos em contrato.
Portanto, antes de entrar em contato com a companhia de seguros, é de suma importância certificar-se de que o sinistro realmente é coberto pelo seu plano.
Se não for, ou seja, se houver uma inexistência de cobertura para a situação, não tem porque acionar a seguradora.
Afinal, não é porque você se envolveu em um problema de trânsito que a seguradora é obrigada a pagar qualquer revés que aconteça com o seu veículo.
Para isso, é necessário ter contratada a cobertura para aquela determinada situação. Portanto, é essencial entender, com clareza, a sua apólice, até para saber o que você tem ou não direito.
Em quais situações você deve acionar o seguro veicular?
Agora que você já sabe quais são as 5 principais situações em que você não deve acionar o seguro veicular, vale a pena conhecer aquelas em que você deve recorrer a esse tipo de serviço.
Até porque, quando você assina a apólice, está descrito no documento todas as coberturas e garantias a que tem direito. As principais e mais conhecidas são:
- acidente provocado por você e os danos são grandes;
- quando o sinistro possui um reparo de valor mais alto que a franquia;
- problema foi provocado por você com grandes danos apenas no outro veículo;
- reparo necessário faz parte do pacote contratado.
A seguradora pode negar uma indenização?
Até aqui, você conferiu em quais situações deve e não deve acionar o seguro veicular. Porém, é importante saber que, ao entrar em contato com a seguradora, não é garantia que ela o indenizará. Talvez ela possa negá-la.
Isso pode ocorrer por conta de algumas questões específicas, como:
- mentir ou omitir informações pessoais;
- mudar de perfil durante a vigência do contrato e não informar à seguradora;
- dirigir embriagado;
- emprestar o veículo para pessoas que não são habilitadas;
- atrasar o pagamento da mensalidade;
- dirigir acima da velocidade permitida;
- fazer mudanças estruturais no veículo e não comunicar à seguradora;
- envolver-se em sinistros com cônjuges ou parentes de 1º grau;
- dirigir na contramão;
- provocar um sinistro intencional.
Portanto, para evitar maiores problemas, contratempos e prejuízos, garanta que nenhum dos pontos acima aconteçam com você. Assim, você não corre o risco de ter a sua indenização negada.
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